Rojão, vidro quebrado.
Bomba de efeito moral
Tiro pra todo lado.
Aquela bala não era de borracha
Dava pra ver a dor estampada
nos olhos dele
E o sangue jorrando.
Jorrando.
Escorria
parecia
Que ia
e foi.
Sobrou um corpo
esburacado
e pisoteado
cuspido
e pisoteado de novo.
Será esse o destino
De todos nós?
Os caras sujos
Cheios de dúvidas
Compositores de musicas ruins
e poemas medíocres.
Os que cansaram
De ouvir respostas simples
Que fugiram de casa
Só com a carteira
de cigarro.
Será que quando cansarmos
Quando nos rebelarmos
Quando finalmente
sairmos pra mudar o mundo
Teremos apenas
Covas pequenas?
entulhadas
com o que sobrou de nós,
além do mais importante:
O nosso ideal.
Manchado
Remendado
Um amalgama
de tantos outros.
Mas é nosso.
É o que nos une
Nos bares, nas casas
Na rua.
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