Cap II
3 de Paus
Fazia um lindo
dia de sol
- Essa maldita grama sempre verdinha... Essa maldita
cerca branca..., disse Pierrot
finalmente feliz.
Então começou a
chover.
- Droga! Agora não vai mais dar certo.
Virou-se e entrou
novamente em casa, deixando a gasolina e pegando o guarda chuva. O Arlequim que
ficasse com a casa então, já que fazia essa questão pois ainda faltavam 70 anos
pra que ela fosse quitada, ele que passasse para outro pobre coitado que se
preocuparia somente com o caminhão de gás, quase sempre atrasado.
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A chuva só
piorava, o Arlequim estava realmente
puto, pensou. Olhou para o estádio e
mais uma vez se perguntou o por que de ser no formato de uma mesa, se um normal
sairia bem mais em conta. Talvez fosse pra ficar assustador, ao menos
funcionava.
No portão do estádio havia um homem que
parecia estar esperando-o e de fato, estava.
- Atrasado de novo
em 40, disse o homem desconhecido. Ande mais rápido, a copa já esta quase
começando.
Pierrot olhou
para o homem, devia conhece-lo mas não
conseguia se lembrar, de sua relação com ele por isso manteve a descrição.
- Como é foi feita
a numeração?
- Ordem de
chegada.
- E isso influi em
algo?
- Em teoria não,
pois como as cartas são enviadas para o mundo inteiro existem escolhidos que chegam mais tarde dos
que os que estão aqui nas redondezas, então seria uma injustiça. Mas te falo uma coisa, uma semana antes da copa
começar chegam um zés e formam uma fila aqui, jurando de pés juntos que serão
escolhidos. Raramente o são, consegue me entender?
- Na verdade não,
sequelei na parte das escolhas.
O homem o agarrou contrafeito.
- Escute Pierrot,
sei que o seu cérebro já não é o mesmo. Te drogaram tantas vezes que você
parece ter o dobro da idade que realmente têm. Não sei qual foi o motivo pra
você aceitar tudo isso mas espero que você o lembre. Foi difícil fazer aquela
carta chegar até você então não nos decepcione você é nossa única esperança.
- Desculpe mas
acho que vocês estão enrascados.
- Sim e já fazem
30 anos, agora vá!
